19 de novembro de 2013

Fleurs de Printemps...

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Um dos filmes mais emblemáticos da minha infância, sem dúvidas é "A Dama e o Vagabundo". Assisti mais de uma vez e embora, a última tenha bastante tempo, lembro-me de todos os detalhes da história. Era fascinante ver como os dois protagonistas do filme tinham uma vida totalmente oposta. Enquanto a Cocker cheia de classe residia em uma mansão com sua bela família, o vagabundo vira-lata morava nas ruas, usava o bom humor e a expertise obtida com a vida difícil para sobreviver. O ditado: "Os opostos se atraem", cabe muito bem nessa história, o inusitado acontece, eles se encontram, e se apaixonam. Duvido quem não se lembre da cena do beijo com o spaghetti, é épica!


A Dama completava o vagabundo e vice-versa. Víamos a beleza da nobreza e da simplicidade. Eu torcia para que no fim eles ficassem juntos, o vagabundo ganhasse um lar, a Dama um companheiro protetor. E você deve estar se perguntando onde eu quero chegar relembrando esse clássico da Disney. Bem, é exatamente o "start" que veio a minha memória ao ver nossas fotos dessa semana. Usamos looks totalmente diferentes um do outro. Confesso que no início estávamos preocupados porque era tão divergente o que cada um vestia comparado ao outro. É isso, essa é a palavra DIVERGENTE! 



O dia, as flores, o sol primaveril, o bom humor, relembrar o propósito do blog... Tudo isso contribuiu para que desse certo, e ficássemos seguros para arriscar.
E assim como no filme da Disney, meu visual "a La Vagabundo", fez o par perfeito com o estilo "Dama parisiense" da Priscila. Ufa! Também conseguimos nosso final feliz! (rs)


Então Man's, para montar meu visual, busquei inspiração nas tendências Street Chic, basicamente é juntar peças "podrinhas", T-shirt estampadas com casacos pesados e oxford. Acho que a cereja do meu bolo, foi o gorro, é um acessório super usado e útil, no dia que você não está a fim de arrumar o cabelo, cara, é só colocar o gorro, puxar o excesso para trás e pronto!


Esse visual que une uma proposta Hi-low, começou a aparecer graças a estilistas de ponta que fizeram uma imensa fusão de tendências, propondo o que eu chamo de "Grito de Liberdade Fashion". Seguindo uma nova trilha, redefinindo o termo 'CHIQUE' dos padrões de composição de moda, regido pelo mercado de luxo.


O pontapé inicial foi nos anos 90, ultima década do segundo milênio. Essa geração contemplou a alvorada da revolução da web. Significava naquele momento, comunicar-se com grande liberdade e ter acesso imediato a grande quantidade de informação, conhecimento e entretenimento.


Foi o início da era da personalização, você mesmo faz seu conteúdo na "rede", você mesmo faz sua roupa. Vários representantes desse estilo de atitude foram marcantes, como Johnny Depp, que na década, na maioria das suas produções usava o Beanie, boné desabado na nuca, que parecia uma toca. O cardigã de textura rústica combinado com jeans cintura alta, usado por Kurt Cobain, para gravação de seu MTV Unplugged em 1993. A conexão divergente, jovial. Os criadores dessa tendência são jovens estilistas que integram uma geração adepta da linguagem da internet, que exibe consciência coletiva e se reconhece até nas diferenças. 


E para-nos meninas busquei inspiração no estilo boysh, roupas masculinas em looks femininos.
Em 1914 Coco Channel foi a grande pioneira a buscar praticidade e conforto das peças masculinas, seu primeiro experimento foi quando pegou um suéter de seu namorado para criar um casto macacão de banho, era a primeira vez que uma mulher aparecia publicamente usando uma peça do guarda roupa masculino. Em 1926 inseriu a calça no guarda-roupa feminino visando uma moda mais funcional e confortável. O principal intuito era mostrar uma mulher independente que agora sabe ser dona do seu próprio nariz.
Em 1930 Marlene Dietrich deu a cartada final quando, usou um terno no filme "Marroco", foi o que faltava paras as peças masculinas entrarem no guarda-roupa das mulheres mais ousadas da época.


 Em 1960 Yves Saint Laurent entendeu a proposta do unissex e colocou a mulher de calça comprida e smoking, a partir dai a cada ano ele fazia uma interpretação nova para a modelagem do smoking, criando assim várias silhuetas inéditas. 
Em 1980 para competir com os homens no mercado de trabalho, as mulheres aderem ao tailleur e terninho, além das pastas estilo James Bond e ombreiras gigantes pra ter mais semelhança com o corpo masculino.


O Tempo passou mas, nada das peças masculinas deixarem o nosso guarda-roupa, a diferença agora é que, não queremos mostrar para ninguém o quanto somos independentes, todos já estão cansados de saber que as mulheres são tão competentes quanto os homens em qualquer coisa.
Agora usamos essas peças aliadas a extrema elegância e sofisticação, simples e sem artifícios o que é característico da indumentária masculina.
O que eu mais amo no boysh é que a elegância esta presente nos detalhes. O estilo flerta com a alfaiataria e invadem nossos closets com shorts, bermudas, calças, blazers e macacões, tudo com corte reto e cores sóbrias. É extremamente feminino e até delicado. O ideal é mixar referências masculinas e femininas para que o look reflita, antes de qualquer coisa, o estilo pessoal.


"Espero o sol chegar;
Com os seus raios a iluminar;
As flores vão brotar;
A Terra embelezar;
Os pássaros a cantarolar;
É a primavera dando seu ar;
E na estação da esperança;
Vou-me Embora pra França."

Priscila usa:
Calça: Tesoura de Ouro
Camisa e bolsa de disco: Savoir Faire
Sapato: Mallu Calçados
Chapéu: Renner
Óculos: ZeroUV

Alexandre usa:
Calça: Tesoura de Ouro
Camisa: Feira da Lua
Casaco: Renner
Sapato: Zara
Gorro: Porão do rock

Fotos: Bruno Sousa
Texto: Alexandre Laurindo Araujo e Pricila Rodrigues Araujo
Edição: Priscila Rodrigues Araujo e Julia Graziela

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